O que você vai ser quando crescer? E agora, o que você vai prestar no vestibular?
Quem nunca foi interrogado acerca destas questões acredito que ainda não tenha nascido ou ainda é infante, mas a questão central é: fomos realmente educados para nos conhecer?
Sócrates mencionara a importância do autoconhecimento afim de podermos conduzir nossas vidas com maestria e assertividade.
Mas vamos lá. Afinal o que supostamente aprendemos e absorvemos nas escolas? Saimos de lá aptos para compreender nosso mundo e realidade? Enxergamos quem realmente somos e qual o caminho a prosseguir? Estamos aptos a conseguir um emprego ou continuar nossos estudos e aprendizado formal ou informal com discernimento e tranquilidade sem sufocos?
Infelizmente em mais de vinte anos focado na educação vejo anualmente a dúvida assolar a alma dos meus alunos e de seus companheiros. Saem com a cabeça cheia de conhecimentos fragmentados de uma série de disciplinas – equações, mol, advérbios, doutrinação histórica, cadeia de DNA; mas não conseguem compreender a conexão entre as disciplinas, a aplicação destes conhecimentos, como funciona nosso sistema de governo, econômico, cartório entre tantas coisas indispensáveis….além de não se conhecerem.
O grande e notório problema é a incursão de um público em sua maioria jovem nas universidades, sem preparo e amadurecimento e que desconhecem sua vocação. Lotam cursos de direito e medicina (principalmente) com o intuito de ter uma vida financeira melhor por acreditarem que serão bem sucedidos. Mas sem vocação e amor?!
Queridos amigos, compreendam uma coisa, casos isolados de estrondoso sucesso não podem ser levados como regra. Não é porque o Neymar no futebol ganha milhões que todos os jogadores de futebol possuem a mesma notoriedade, contratos milionários…etc; ao contrário, de todos os que se aventuram nos esportes, quantos realmente conquistam este patamar? Assim vejo o mesmo no mundo da música, medicina, direito, arquitetura….em fim, todas as disciplinas.
Em suma, escolher nosso caminho profissional deve estar intimamente ligado com a nossa vocação, no que temos paixão em estudar, se aprofundar, pesquisar, nos sentindo imensamente felizes ao conseguir melhor compreender e se especializar. O mercado está cada vez mais seletivo e não haverá lugar para maus profissionais, que não se dedicam além do remunerado. Somente os que conhece a si mesmos, saberá fazer as escolhas acertadas e por conseguinte obter os resultados que almeja ao seu tempo, gozando dos frutos colhidos de uma vida mais feliz.